domingo, fevereiro 21, 2010

UM POUCO DA TRAJETÓRIA DO ELYMAR SANTOS

Nascido em 11 de outubro de 1952, no Morro do Alemão, hoje Complexo do Alemão, que abriga uma das mais violentas favelas do Rio de Janeiro. Morou também em São Gonçalo do Sapucaí, interior de Minas Gerais, cidade natal de sua mãe. Trocou o ‘i’ de seu nome pelo ‘y' quando começou a cantar em barzinhos e churrascarias, ainda na adolescência. Tornou-se razoavelmente conhecido ao ganhar concursos de calouros nos programas do Chacrinha e Flávio Cavalcanti. Antes de adquirir um estilo próprio, imitava Cauby Peixoto, seu ídolo.
Em 12 de novembro de 1985, Elymar em empreitada das mais audaciosas, alugou a vitrine do Show Business, o Canecão (Rio de Janeiro), em atrevida e certeira exposição.Lotou a Casa e deslanchou sua carreira.



Em 1986/1987, participou, em São Paulo, da ópera-rock, "Evita", onde interpretava Che Guevara, ganhando o prêmio de melhor ator, no papel, do mundo.

Não podemos esquecer o lado carnavalesco de Elymar. Sua devoção pela Imperatriz Leopoldinense é por todos conhecida, chegando a ter a participação de alguns integrantes em seus shows.

Além disso, entre 1991 e 2000 foi homenageado quatro vezes por escolas de samba:
Em 1991, no Gremio Recreativo Escola de Samba Em cima da hora, com o enredo "Um sonho que virou canção - Elymar Santos".



Em 1998, foi homenageado no Grêmio Recreativo Escola de Samba Educativa Império da Tijuca, com o enredo "Elymar Superpopular".


Em 1999, foi enredo da Escola de Samba Camisa Verde e Branco com o tema "Escancarando o coração verde e branco: Elymar mais popular", sendo a primeira escola paulista a homenageá-lo.


Em 2000 foi incluído como um dos destaques da história dos 500 anos do Brasil, em outra escola paulista, o Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi, com o enredo “Noventa Milhões em Ação! Na Tristeza e Na Felicidade”.


Nos anos 90 aproximou-se de Rosinha Matheus, sua fã de longa data, que não perdia nenhum de seus espetáculos em Campos dos Goitacazes. Quando Rosinha ganhou um programa em uma rádio da cidade, levou Elymar para uma entrevista que transcorreu em clima de emoção. Mais tarde, candidata à governadora do estado do Rio de Janeiro, convidou Elymar para gravar seu jingle de campanha, o que o cantor fez, sem cobrar cachê.


Elymar ficou conhecido por ser um cantor extremamente versátil. Canta músicas de vários cantores nacionais, como Wando, Cazuza, Raul Seixas, Roupa Nova, Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, etc e também internacionais como, Alejandro Sanz, Mercedes Soza, Luiz Miguel, etc. Mas também compôs inúmeras músicas, sendo que seus maiores sucessos são as músicas Escancarando de Vez e Guerreiros Não Morrem Jamais, composta em homenagem ao falecido piloto de F1 Ayrton Senna.


Abriu o desfile, no domingo de carnaval de 2000, 5 de março, cantando o Hino Nacional e a música Bandeira Branca, pedindo paz para o mundo, o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial, em comemoração aos 500 anos do Brasil.




Antes do início do jogo Brasil x Colômbia, em 15/11/2000, válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo, cantou o Hino nacional Brasileiro.


Ainda comemorando os 500 anos do Brasil, foi convidado para participar, em 4 de setembro de 2000, da tradicional festa dos brasileiros da Rua 46, em Nova York, o Brazilian Days. Elymar Santos, depois de cantar o Hino Nacional Brasileiro, e fazer gente chorar de saudades, abriu uma bandeira do Brasil com o rosto do Ayrton Senna, libertando de dentro dela duas pombas brancas. E veio o coro “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Arrepiou...


Em 7 de setembro de 2001 estreou na emissora CNT como apresentador do programa semanal “Elymar Popular”, que ía ao ar às sextas-feiras. Em cada programa, Elymar reapresentou ao público ídolos do passado e os homenageou com um troféu. O programa era bem diversificado, pois Elymar cantava, fazia entrevistas, apresentava, também, cantores da nova geração. Lançou a “Fábrica Nacional de Talentos”, uma competição entre talentos que estão escondidos do povo. Os vencedores foram agraciados com um carro 0km. Na parte feminina, a vencedora foi Micheli Aguiar, que hoje participa de seus shows, como backing vocal e, na parte masculina, Marcelo Becker. Foram julgados por um juri formado por pessoas ilustres do cenário artístico e da nossa sociedade.



Recebeu várias homenagens e honrarias e entre elas, destacamos:
13/04/1992 – Por indicação do Deputado Estadual José Richard, recebeu, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, o título de “Benemérito do Estado do Rio de Janeiro”.


04/11/1998 – Por indicação da Vereadora Jurema Batista, foi condecorado com a “Medalha de Mérito Pedro Ernesto” que é a mais importante comenda do município do Rio de Janeiro. É entregue pela Câmara Municipal.



Uma homenagem muito bonita, foi publicada no Jornal “O Dia” e não podemos deixar de publicá-la:

Terça, 24 de setembro de 2002.

Elymar Santos

Semana passada vivi uma experiência rara. Acompanhar do palco um show do Elymar Santos, diante de uma platéia povão. Fascinante! É diferente viver-se um show da platéia e do palco. Neste, recebe-se inimaginável carga de eletricidade e energia, quando o artista é capaz de galvanizar o interesse e a paixão do público. Foi o caso.

Elymar é um cantor dramático, que fraseia muito bem, às vezes até fala as letras, com um grande sentido de ritmo, alternando canto com alguma declamação, usando pausas, silêncios e sua voz bonita e forte. Ele sabe valorizar o que diz ao cantar. Para platéias de massa, o que em outros cenários poderia parecer (e ser) uma gesticulação exagerada, ali funciona brilhantemente. O público delira.

Chovia intensamente e muito pouca gente abandonou o local. Mulheres, principalmente, estão entre suas fãs mais acerbas. Cantou mais de duas horas com invejável energia. Deu-me a sensação de amar profundamente o que faz. Isso é percebido e sentido pelo público. Estabelece-se, então, aquela troca sinérgica, ou, se preferirem, mágica, indispensável à comunicação plena. Impressionante!

Elymar é o típico artista que intelectual vai custar para descobrir, pois tem os ingredientes populares que a intelectualidade em geral não sabe avaliar. É o não vi e não gostei... Mas o povo vai seguir a admirá-lo. Ele demonstra amar o povo de onde proveio. Ao mesmo tempo o seu repertório é intelectualizado, traduzido para o povão de maneira clara no seu modo de interpretar que a ninguém imita. Sua entrada em cena já eletriza com uma versão belíssima da Aquarela do Brasil, do Ari Barroso. No meio do show enfia hinos pátrios que falam em “ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”; ou “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós”. Faz homenagens ao índio discriminado, à raça negra e ao lado de sucessos populares do Peninha; canta e homenageia Cazuza, Raul Seixas, Ellis Regina, Geraldo Vandré, tudo nessa linha.

Ele se identifica com os revoltados, os libertários, os que sonharam e foram consumidos cedo pela vida, nela deixando a marca de sua estranheza. Isso tudo para uma platéia conservadora, que, no entanto, capta a solidariedade de Elymar com os inconformados e se identifica indo ao delírio. Olho no Elymar. Ele veio pra ficar. E quando ultrapassar essa fase estonteante do sucesso popular poderá até se transformar num cantor, especialíssimo, contido, se aprofundar o estudo da boa técnica vocal. Hoje, representa com alta popularidade o tipo cantor-intérprete que anda em desuso com a moda das bandas, mas que ele recupera com grande categoria. E o show inteiro é feito apenas com um tecladista (excelente) e ele. Nada de barulheira. Duas pessoas que são uma multidão. Olho nele. O bicho é tinhoso.
ARTUR DA TÁVOLA”

Em 2003, por proposta do Vereador Gilberto Palmares recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a “Moção”, voto de congratulações e louvor pela sua trajetória e seu papel destacado na música popular brasileira, o que o transformou em um exemplo de luta e dedicação à sua arte. Por tudo isso, com toda justiça, veio a inspirar o enredo do Grêmio Recreativo Escola de Samba Educativa Império da Tijuca.


Em 16/12/2009, por proposta do Deputado Dionísio Lins, Elymar Santos recebeu a Medalha Tiradentes, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, que é destinada a premiar pessoas que hajam prestado relevantes serviços à causa pública do Estado do Rio de Janeiro.


No futebol, seu time de coração é o Flamengo!!!
Seu ídolo, Ayrton Senna, a quem homenageou compondo uma música, “Guerreiros não morrem jamais”

Em seus discos, procura sempre falar em Deus de alguma forma. Afinal, segundo ele, sua melhor luz vem de Deus.


Popularidade é o que não falta em Elymar Santos. Ele sente no calor dos nossos aplausos toda a nossa admiração pela sua voz, interpretação, carisma, etc... Afinal de contas ele é o nosso ídolo, o nosso “Guerreiro Sonhador”!!!!

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